Graça do Divor 1 - 0 Machedense
À segunda jornada desta fase final jogou-se o tão aguardado
Graça-Machede, jogo esse que já se jogava muito antes de ser realmente
disputado dentro das quatro linhas, e ambas as equipas queriam muito provar à
outra quem é a mais forte, e foi visível a carga emocional que este jogo trazia
e talvez por isso não tenha sido um jogo muito bonito em termos técnicos, pois
apesar de ser em fase tão precoce da fase final, os ascendentes começam-se a
ganhar logo no inicio e era evidente a importância deste jogo.
A pressão estava claramente do nosso lado, jogava-mos em casa, somos
os Hexacampeões e todos sem excepção querem ver o nosso reinado cair, contudo
são os obstáculos que nos motivam que nos dão força e que nos unem, e está aí o
segredo do sucesso, lidamos muito bem com a pressão. Estamos habituados a ela.
Sem duvida que os forasteiros também têm uma grande equipa com boas
individualidades e passados alguns anos arredados do grande plano da Inatel
aparecem agora revigorados e com ganas de deixar a sua marca neste campeonato,
e estão a deixá-la.
Foi notório o respeito que ambas as equipas mostraram uma pela outra,
e nunca se jogou muito próximo das balizas, nunca uma equipa estava claramente
por cima da outra, nem tão pouco a remeteu ao seu último reduto.
A nossa equipa neste jogo teve que abdicar do seu estilo próprio em
função de algo deveras mais importante, o resultado final, deixámos a posse de
bola de lado, esquecemos o quão gostamos de sair a jogar apoiados desde a
defesa e partimos para uma exibição muito inteligente e eficaz, e melhor não
poderia ter começado o jogo para as nossas hostes, logo aos 8 min de jogo,
pontapé livre para a área Machedense e o melhor avançado de todos os tempos da
Inatel de cabeça a inaugurar e a fechar o”placard”, Silva em dia de anos a
fazer aquilo que faz como ninguém, a partir do golo inicial a nossa equipa
geriu o jogo, e nunca o adversário chegou realmente a importunar o quase
espectador Amendoa que pelo segundo jogo consecutivo não faz uma defesa ao
longo de todo jogo, sim todo o jogo, ao invés o desamparado keeper bem pode
agradecer ter só saído do campo 25 de Junho apenas com um golo sofrido, é que
por 3 ocasiões falhámos escandalosamente o 2-0 que punha fim a qualquer
aspiração do adversário.
O intervalo nada trouxe de positivo ao jogo, e na segunda parte houve
apenas muita dedicação e entrega de parte a parte, e num jogo tão emotivo foi
natural alguns incidentes em que os intervenientes apenas queriam defender a
sua equipa isso e os cartões amarelos mostrados em catadupa tiraram brilho ao
jogo e com o avançar do tempo o destaque vai para um cabeceamento de Guerra que
por capricho sai ao lado, em suma, mais uma fundamental vitória que não teve o
brilhantismo de outras mas que foi igualmente merecida, pode-se até dizer que o
resultado peca por escasso tendo em consideração o punhado de oportunidades
claras da nossa parte contra zero dos forasteiros.
No fim, os nossos adeptos saíram novamente satisfeitos contrastando
com a natural frustração dos demais.
A nossa equipa alinhou com: Amendoa, Wilson, Fialho, Marco, Vinagre,
Taliban, Almeida, David, Carmelo, Tata e Silva.
Deram ainda o seu contributo nesta vitória: Jorge Avo, Guerra, Manel,
Zé da Paz e Milton.
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